quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Próximo Concurso: Cenários

     Junto com o dos excedentes, um dos tópicos mais movimentados do Forum Concurseiros na atualidade é, como não poderia deixar de ser, o que trata sobre o próximo concurso. São muitos boatos, 'ouvi-dizeres' e até - quem sabe - falsas notícias com os mais variados intuitos.
     Não é de agora a grande quantidade de boatos que envolvem o período pré edital. E são varios os boatos: desde os mais infundados, até os verdadeiros - que muitas vezes se diluem nesse mar de informações desconexas e sem (ou, como adoram, com) uma fonte 'quente e segura' - e acabam passando desacreditados. Lembro-me bem, no período pré edital de 2009, que um dos boatos fortes seria a inclusão de discursivas. Essa notícia foi tratada como boato terrorista, para desmotivar os concorrentes e até considerada, por alguns, como algo impossível de se acontecer em um concurso para a Receita, dada a quantidade enorme de inscritos e a subjetividade com que - teoricamente - as provas discursivas seriam corrigidas. E o final da história todos conhecemos.
     Mas, o mais importante de todo esse acalorado debate, é sempre o candidato colocar uma data provável e estudar norteado para aquela data, fazendo pequenos ajustes no meio do caminho. Além de servir como incentivo para algumas pessoas, os boatos servem para nos dar um norte sobre a movimentação e o andamento do certame. Partindo desses pontos, creio que possamos delinear alguns cenários para o próximo concurso, baseados em boatos e bom senso, apenas.

Cenário 1:
-Não chamamento dos excedentes e novo concurso para preencher as vagas - principalmente de analistas - em 2011.

Cenário 2:
-Convocação dos analistas aprovados dentro do nº de vagas e pedido de novo concurso - também em 2011 e provas em 2012.

Cenário 3:
-Convocação de todos aprovados para preencher as vagas; novo concurso em 2013.

     E tudo podendo variar. Dessa forma, pode-se não chamar os excedentes e o concurso sair em 2013 ou convocar os aprovados e logo em seguida sair nova autorização. Não há como prever. Por isso, resumindo, desde sempre houve boatos e desde sempre o pedido estava para sair ou o edital estava no forno. E isso sempre haverá. O mais importante de tudo é a lição que aprendemos: não desprezar nem confiar em nenhum boato. Seja ele pessimista, otimista, 'realista' ou qualquer outro ista. A prioridade é sempre focar no estudo constante e regular. De nada adianta o edital sair amanhã se não estivermos prontos para estar entre os melhores. Uma coisa é certa: uma hora o pedido será protocolado, a autorização será assinada, o edital será publicado e a prova virá para testar o conhecimento acumulado durante a época de semeadura. Como diz Oscar Shimidt, "o impossível só vira realidade se você estiver preparado quando a chance aparecer". A nosso favor, temos a certeza de que a chance IRÁ aparecer. Pode demorar um pouco, mas ela sempre vem.

*****

     Hoje, ao fazer minha leitura diária dos principais sites de concursos, deparei-me com um artigo bem interessante do professor Sérgio Carvalho, do EVP. Nele, o autor redige alguns pontos sobre maneiras de se estudar, baseadas em estudos científicos sobre o cérebro. Como anteriormente postado nesse blog, professores da UFRN descobriram que, quanto mais uma pessoa estuda, mais sono ela sente. É uma maneira de o corpo pedir um descanso para armazenar toda a informação obtida durante as horas de vigília. Junto a isso, foi mencionado a importância de se estudar pouco, rever e descansar. Estudar pouco e sempre é melhor do que estudar muito e de vez em quando.
     Quando, em minha época de estudante colegial, as pessoas comentavam que fulano estava rachando de estudar para passar em um concurso top como IME/ITA ou medicina, já me vinha à mente a imagem - muitas vezes real - do cara em uma escrivaninha, com uma garrafa de café ao lado, olhos vermelhos, olheiras, abajur aceso, livros com páginas amareladas e extensas horas dedicadas varando as noites estudando. Creio que o estudante aprenda assim mais por osmose e por repetiçao do que por absorção de conhecimento. E hoje a ciência já comprova isso. 
     Há algumas pessoas que passam estudando poucos meses antes da prova. Alguns realmente podem ter alguma capacidade maior. Somos todos diferentes. Se há pessoas - por exemplo - com mãos maiores, pés maiores e altura maior, há pessoas que nascem com uma capacidade intelectual maior do que a média. A sorte é que são poucas. E poucas dessas poucas decidem fazer um concurso. E uma pequena parcela das que decidem fazer concurso, decide exclusivamente pelo concurso da Receita. Portanto, isso não chega a ser um fator complicante para os não-gênios.
     Para as demais, há um período geralmente médio de estudo para estar em condições de concorrer a uma vaga. Alguns dizem que é de 1.000 horas. Outros dizem que alguns candidatos de ponta estudaram cerca de 3.000 horas. Não acho que mil horas sejam suficientes. Note que no último concurso foram 19 matérias. Supondo que a pessoa estudasse - dessas dezenove - quatorze matérias com afinco. As mil horas, divididas entre as 14 'principais' matérias, dariam uma média de 72 horas por matéria. Se estudasse 4 meses antes da prova, precisaria estudar 8 horas por dia para fechar a conta em cima.
     Em vez disso, tomemos o cenário atual, com a perspectiva de concurso sendo para daqui 2 anos. Isso são 720 dias. Se a pessoa mantiver a constância de 4 a 5 horas/dia, ao fim dos 720 dias ela terá acumulado as 3.000 horas. Aí sim. É muito melhor estudar 4 horas por dia, todos os dias, do que achar que, estudando 12 horas por dia depois que o edital sair, fará alguma diferença. No máximo acumulará stress, nervosismo na hora da prova e perda de pontos preciosos por lapsos de memória.

Um comentário:

  1. Jean...valeu pelas dicas, tbm estou na labuta pelo ATRF. O negócio é não desistir. A propósito, tens alguma indicação sobre quais biliografias a ESAF utiliza para Direito e Comércio Internacional? Abs. Maurélio.

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