sábado, 17 de julho de 2010

Corretagem e concursos, o pôker da vida real

     Quando sua vida se torna um jogo de pôker.

     Esses dias parei para refletir e encontrei algumas semelhanças de minha vida atual com um jogo de pôker.
     Quando me decidi em seguir pela carreira da corretagem, não conhecia muito do mercado e achava que fazendo uma venda ou, quem sabe, duas por mês, meus estudos estariam garantidos e sobraria algum recurso para a aquisição de materiais. Até cogitei a possibilidade de deixar essa coisa de concurso de lado e partir para voos altos na iniciativa privada. Ledo engano...
    Não que seja algo não rentável ou que lhe faça passar necessidade. Há corretores milionários, assim como há corretores que mal ganham para abastecer o carro.
     Mas, o que me fez refletir, foi a semelhança de minha situação atual - e de muitos concurseiros, suponho - com um jogo de pôker. Para quem nunca jogou ou não conhece, no pôker saimos com duas cartas na mão. São feitas as apostas. Aí vem o flop: 3 cartas colocadas na mesa. E mais uma rodada de apostas, geralmente mais altas. Em seguida vem o turn - mais uma carta e apostas - e por ultimo o river - e as apostas. O all-in é quando o jogador aposta todas as suas fichas naquela jogada. É um jogo de paciência, sangue frio, estratégia, concentração e atitude. Assim como a corretagem. E assim como os concursos.
     No caso dos concursos, o flop, o turn e o river é o tempo. Não sabemos quando o edital será publicado e com quais matérias cobradas, assim como não sabemos quais as cartas que nossos adversários possuem. As apostas de ambos são em dinheiro: enquanto que no pôker o dinheiro é contado em fichas, nos concursos o dinheiro é contado em horas de estudo, investimento em livros e cursos, custo de oportunidade  de trabalhar e estudar ou apenas estudar e tempo de lazer não usufruido. Ambas apostas são acumuladas no pot. E quanto mais o tempo passa mais o pot acumula.
     Com o edital publicado, vem o flop. Passamos a conhecer as cartas e com isso decidimos em prestar ou não prestar, em qual cidade fazer a prova, em quais matérias focar mais, em qual dispender menos esforço... ou seja, traçamos nossa estratégia e apostamos mais. E chamamos o turn e o river.
    A hora da prova é a hora do all-in, do tudo ou nada. Apostamos todas as nossas fichas, com sangue frio, atitude e coragem. É o clímax de toda a jogada - e do conjunto de jogadas - anteriores. Valendo todas nossas apostas e todo o pot de apostas; nossas, de nossos concorrentes, de nossa família e amigos e - principalmente - da banca.

     E, assim como a vida de Jamie Gold*, a nossa também pode ser transformada após essa jogada.


*Jamie Gold, americano. Participou em 2006 do evento principal do WSOP (World Series of Poker) e ganhou o maior prêmio já pago num evento televisivo: $12 milhões de dólares.

Um comentário:

  1. Jean Marcel gostei do seu blog e em especial as dicas para começar à estudar para entrar na Receita Federal. Aliás um sonho que tenho há anos e, um dia conseguirei... pode apostar.
    Porém por favor me envie uma lista dos livros, dos quais devo começar à ler/estudar.
    Agradeço desde já imensamente sua ajuda.

    Waldirene Silveira
    Limeira/SP
    email1: wallsilveira@hotmail.com
    email2: wasilveir@ig.com.br
    orkut: Wall Silveira ou wasilveir@ig.com.br
    msn: wallsilveira@hotmail.com

    Aguardo suas orientações e dicas brevemente.

    Um grande abraço;
    Wall

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