sexta-feira, 21 de maio de 2010

A alegria de se passar num concurso. Mesmo que não seja O Concurso...

     A simples aprovação em um concurso não quer dizer muita coisa. Recente julgado em nossa Corte diz que o candidato aprovado em concurso tem mera expectativa de direito à nomeação. Mas, enfim.... são as regras do jogo. Sempre fui muito cético ao ver meu nome em alguma lista ou com algum 'aprovado' na frente.

     O tempo passava... a situação de subemprego já estava se tornando insustentável. Algumas situações familiares convergiam para um cheque-mate em meus estudos, o que eu tentava evitar. Tinha tomado gosto pela coisa. Coloquei como objetivo me tornar fiscal de SP nem que para isso tivesse que estudar antes do edital. Com a convivência com os concurseiros de verdade (colegas do forumconcurseiros), percebi que teria de ir além caso eu quisesse MESMO passar em algum concurso, ainda mais o de fiscal.
     Buscando por bibliografia, comprei meus primeiros exemplares; direito constitucional, administrativo e tributário. Além de contabilidade. Com isso, começaria a desenhar um concurseiro de verdade e não apenas um aventureiro financiador de bancas.
     Acompanhando o Diário Oficial do Município, vi que estava para sair o concurso de escriturário da Cohab, com um salário próximo de mil reais, regime CLT e 10 vagas. Pensei... "to ganhando quase nada, o que viver é lucro, vou me testar." Dentre as matérias, as básicas, português, matemática, informática e uma pequena legislação. Além de complementares como administração e ética.
     Fui para a prova me sentindo diferente. Olhava os candidatos, pensava comigo "quantos daqui devem conhecer um Vicente Paulo? Quantos devem acessar um PCI ou um FC? Muitos devem ter caido de paraquedas e nem sabem de detalhes que eu estudei..." Prova feita. As semanas se passavam lentamente. Ao sair o resultado, vi que tinha ficado em 6º. De mais de 2 mil inscritos eu tinha sido o sexto melhor. Aquilo me encheu de esperanças, porém não comemorei muito. Sabia que ter passado em 6º de 10 vagas tinha algum significado, porém o medo da desilusão era maior. Vai que não chamem. Vai que mude o secretário ou que acabe a verba. Vai que.... eram muitas incertezas.
     E o tempo não parava. As contas começavam a aumentar e as responsabilidades também. Minha filha estava crescendo, tinha despesas fixas mensais inerentes à idade tais como alimentação e educação. Percebi que era a hora de buscar um rumo, pois a todo momento a frase que eu mais ouvia era "desiste disso, qq adianta vc passar num concurso e nunca chamarem? Eqto isso o mundo gira..."

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