sexta-feira, 21 de maio de 2010

Nem só de fiscos vive um concurseiro... minha 2ª experiência

     Passada a avalanche que fora a SEFAZ/SP,  fiquei um pouco desanimado. Para os amigos de trabalho eu dizia que o resultado tinha sido 'interessante', haja vista que um candidato que nunca sequer havia lido nada sobre contabilidade, direito ou economia, que tinha ojeriza a raciocínio lógico e que contava como grande trunfo seus 8 anos de inglês (que no fim das contas lhe renderam apenas 6 de 10 questões) conseguiu passar na p1 e "quase" passar na p2 e p3. Porém eu estava me convencendo de que "essa coisa de contabilidade, essa loucura de aumentar ativo debitar e aumentar passivo creditar" não era para minha cabeça. Até então, todos os conceitos estavam dispersos e eu achava tudo muito confuso...
     Até que logo após esse concurso, passeando pelo Google em busca de informações, caio no site do Ponto. Na entrevista do Deme. (Demétrio Pepice, 1º colocado AFRF 2005 e 2º Sefaz-SP). Li toda a entrevista e conheci o forum concurseiros, no então antigo domínio do forumer.com. Acessei, li alguns materiais, comecei uma busca incessante por matérias. Aí surgiu o concurso do MPU. Provas na capital, teria de viajar, dormir fora, etc. Eram poucas matérias em relação ao que eu tinha estudado e senti que seria uma boa oportunidade de treinar. Autointitulei-me, no msn, 'concurseiro profissional'. Na época eu tinha saído do trabalho na academia, porém senti que meu rendimento caiu por ficar em casa 'apenas estudando'. A falta de motivação, a cobrança - própria e de terceiros, o desânimo e os demais interesses me faziam dispersar no estudo. Até então, eu estudava apenas com materiais baixados da internet, tais como site, wikipedia, artigos, fóruns... eu não me via comprando um livro por achar que daria pra passar daquele jeito. Vivendo e aprendendo...
     No dia da prova, senti o 'peso' de ser concurseiro de verdade. Clima frio, escolas enormes lotadas de candidatos, correria, ambulantes vendendo apetrechos úteis e outros nem tanto, promoters distribuindo panfletos e jornais de concursos... toda aquela coisa. O movimento em pleno domingo pela manhã seria atípico, não fosse um domingo de concurso.
     Prova feita, viagem retornada. Os dias que se sucedem são um misto de ansiedade e desânimo. Ao conferir o gabarito e ver que se acertou 80% da prova, uma felicidade abunda. Porém a felicidade é passageira, ao notar que pela classificação, teriam de chamar aproximadamente 850 candidatos antes da minha vez.
     Mais uma dura lição seria aprendida. Ou os 80% de acertos valem mais numa prova de nível superior ou então o pessoal de nível médio manda muito bem. Como tenho um perfil mais generalista, percebi que o caminho para mim seria mesmo concursos de alto nível, onde não basta saber tudo de uma matéria mas sim saber muito de várias.

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