quarta-feira, 25 de maio de 2011

Secretaria de Fazenda-RJ anula concurso de auditor-fiscal

A Secretaria estadual de Fazenda anulou o concurso para o cargo de auditor fiscal da Receita Estadual realizado nos dias 17 e 21 de abril. A seleção ainda não havia sido homologada e a decisão foi tomada após denúncias de fraude durante as provas. Um funcionário da organizadora do concurso, a Fundação Getúlio Vargas, teria feito a substituição de cartões de resposta de candidatos. Cerca de 4.600 pessoas participaram do certame.
O responsável pela fraude foi identificado, prestou depoimento à polícia e confirmou o envolvimento. A secretaria informou que o valor pago pela inscrição, de R$ 150, será integralmente devolvido aos candidatos. Os procedimentos para a devolução serão anunciados pela Fundação Getúlio Vargas em breve. Ainda não há data para a realização de novo concurso. A seleção para o cargo de analista de controle interno, cujo edital foi publicado na mesma data, está mantido e cumprirá o cronograma anunciado.



Triste notícia a todos os concurseiros sérios que dedicaram seu tempo e sua perseverança nesse concurso. Li um artigo do prof. João Antônio do EVP, onde o mesmo se lamenta e - pasme - festeja a anulação do concurso.
Com todo o respeito ao professor, discordo dessa postura. Claro que, nesse momento, é como um momento de luto, algo como um quase-velório, onde ficamos sem saber o que dizer a quem está passando por esse momento. Entendo os motivos intrínsecos desse "festejo"; algo como uma palavra de consolo para que a pessoa não desista e continue a perseguir seu sonho. Ok. Mais do que válido. Porém, acredito que a forma como ele colocou, foi - no mínimo - equivocada. Seria como ir a um velório e, em meio a enxurrada de sentimentos, dar os parabéns à família e festejar a despedida do falecido desse mundo cruel. Ou, em um exemplo mais suave, chegar à equipe vice-campeã de uma copa do mundo, bater no ombro e falar "esquenta não, vocês foram ótimos, daqui 4 anos tem mais. A cada 4 anos sempre tem mais...". Ou seja, só quem vive o momento, com todas suas particularidades, é que sabe o tanto que o calo irá apertar nesse "deixa pra próxima".

Enfim, não prestei esse concurso, mas prestarei o próximo para a RFB. Minha esperança é que eu nunca tenha de festejar uma "miríade de sensações" para depois cair na dura e decepcionante realidade.

Um comentário:

  1. Ainda não li o artigo do Professor João Antônio, mas sei que é uma pessoa séria.
    Eu também sei que é triste para todos os que se esforçaram para passar numa prova tão difícil, e ter que fazer tudo isso de novo.
    Mas, para que possamos continuar acreditando na seriedade dos concursos, é precis que a prova seja anulada, sim.

    ResponderExcluir