sexta-feira, 29 de julho de 2011

Vida de Concurseiro

     Dias atrás prestei um "concursinho". Concursinho, não no sentido pejorativo, mas sim por se tratar de um processo seletivo simplificado e por ter participado apenas 15 candidatos. Banca desconhecida. Após um breve planejamento, fiz e refiz todas as provas anteriores da banca e notei que sempre havia questões repetidas de uma prova na prova seguinte.
     Com essa informação em mente, foquei nas questões "mais complexas", decorei as respostas e fui desmembrando todo o edital, completando todas as 5 disciplinas. Até me acostumei com a tal "jurisprudência da banca", aquela que - destoando do conhecimento tradicionalmente sedimentado - é aceita como verdade pelos examinadores.
     Dia da prova. Apesar de alguns contratempos - como falta de apoio para colocar a prova, desorganização, falta de pranchetas (!) para apoiar a prova - tudo mais correu bem. Após dois dias de espera do gabarito, vi que tinha acertado 18 das 20 questões e obtido nota 9, ficando em primeiro lugar. Após uma chuva de recursos, minha posição foi para 2º, com nota 9,5 e o processo seletivo todo anulado por erros de gabarito e material.
     É complicado. Agora provavelmente uma nova prova será marcada e vai saber qual será o resultado disso. Talvez o bom desempenho seja repetido. Talvez não. Talvez o edital seja obedecido pela banca (que apesar de colocar em negrito que era condição para INSCRIÇÃO no concurso, ser domiciliado na cidade de Bauru, aceitou inscrição de candidatos da região e até da capital). Ou talvez ocorra mais uma lambança e o resultado seja aceito de qualquer maneira. Pelo menos não houve taxa de inscrição...
     Enfim, essa é a vida de concurseiro, verdadeiros atletas cerebrais. Nossos torneios são os concursos. Nossos adversários são as bancas. E nosso troféu é o cargo público. 

P.s.: A propósito, domingo tem Oficial de Promotoria do MP/SP. Estaremos lá. Boa sorte aos que forem prestar também.

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